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01-2022
A boa intenção
Devemos sempre ter em vista uma boa ou mais intenção com a qual uma ação se torna boa ou melhor diante de Deus. “Se teu olhar para simples, teu corpo inteiro será lúcido, diz o Salvador (Mt 6, 22); se teu olho for mau, tudo ou teu corpo ficará escuro”. Os Santos Padres, por esse olho, entendem a boa intenção, e pelo corpo ação. Jesus Cristo quer, pois, dizer: É nossa intenção e é simples, é isso, se não vemos outra coisa senão ou benção de Deus, todas as nossas ações são boas e resplandecem na pureza celestial; sendo, porém, má a nossa intenção, isto é, tendo em vista um outro fim menos bom, toda ação é má. A boa intenção é, pois, a alma de nossas ações; Ela dá a vida e seu verdadeiro valor.
Os mundanos consideram as coisas com outros olhos, ou seja, temem em seus corações vários fins vergonhosos, tais como: agradar os homens, conquistar um nome, acumular riquezas ou, pelo menos, satisfazer o próprio desejo. Os Santos, ao contrário, tem um só olho para, em todas as coisas, só verem o agradar a Deus; sem interromper, com David (Sl 72, 25): “O que eu tenho no coração? e, fora de ti, o que desejo nesta terra?… Deus de meu coração, e minha partilha é Deus para sempre”. Para isso não basta praticar boas obras; devemos praticar-las bem. Anos atrás, dois homens fizeram uma obra de valor na medida da obra que mantêm: diante de Deus, portanto, ou o valor de uma ação é tanto maior quanto mais perfeita for a intenção que se vê em vista, porque, como as Escrituras diz, ou homem olha para a obra exterior, “Deus, porém, vê o coração” (1 Rs 16, 7), a saber,
Fonte: Escola de Perfeição Cristã – Santo Afonso Maria de Ligório
